segunda-feira, 29 de março de 2010

Mondrian Print

Composição Vermelho, Amarelo e Zaul (1935, MoMA, SF), New York City 2 (1941, MoMA, SF), Composição com Amarelo, Preto, Azul, Vermelho e Cinza, 1923 (MAMC, Lisboa).

Mondrian está em tudo, isso não é novidade. O que é novidade é que ele realmente está em tudo. Desde a cadeira de lá de antigamente de Rietveld, do vestidinho de Yves Saint Laurent, da Pop Art de Mick Haggerty, passando pela logo da L'Oreal Studio, pelos tênis da Nike, pelas Vans, pelos shoes Christian Louboutin, pela capa do CD da banda australiana Silverchair, pelo clipe de La Roux, pelo notebook Gigabyte e, acreditem, chegando até ao BBB 10 – no portal de saída. Mondrian começou sua abstração geométrica (Neoplasticismo) no início do século XX, utilizando basicamente as cores primárias, o preto, o branco e, às vezes, uns cinzinhas.

Não existe aquele delírio das pessoas acharem figura na abstração, forçarem para encontrar imagens figurativas, como aquele caso de ver imagem de santa na janela. A proposta é experienciar a composição abstrata. E isso exige um pensamento abstrato. É claro, para algumas pessoas, isso é demais. Pude ver isso com um colega que levou uns 3 segundos diante de uma pintura de Mondrian no MoMA de San Francisco, California. Bateu o olho e saiu. Que preguiça! E ele não foi o único, outros fizeram igual, 3 segundos. Em compensação, no Museu de Arte Moderna e Contemporânea de Lisboa, um grupo de “senhores” do Reino Unido estavam beeem mais interessadinhos. Levaram maior tempo ouvindo uma explicação de uma obra de Mondrian (a preguicinha deu em mim). Filmei, clique pra ver.


Museu de Arte Moderna e Contemporânea de Lisboa.
Quadrados, retângulos brancos, cinzas, azuis, vermelhos ou amarelos, delimitados pelas linhas pretas. Os elementos são organizados cuidadosamente, fazendo um jogo de pulsão e contração, de planos sobressalentes. O holandês levava horas, dias para escolher onde por cada elemento. Algumas peças que utilizam Mondrian como referência fazem jus a esse cuidado. Outras não.

Escolhi alguns exemplos, neles pude notar que as peças utilizam os elementos de Mondrian de três maneiras: como estrutura de uma peça; reproduzindo o “desenho” fiel de Mondrian na superfície; ou alterando o “desenho” e reproduzido na superfície. No primeiro caso pode ser citada a cadeira Rietveld como exemplo. No segundo, o HDD da Aro. No terceiro, o tênis Dunk Low da Nike. Postei vários exemplos abaixo, dá pra convencer que Mondrian já virou um “print”. Você conhece mais algum?
Ivan Ferrer Maia - meadiciona.com/ivanfm1

Cadeira de Rietveld, HDD da Aro, tênis Dunk Low da Nike.

Christian Louboutin, Patrick Cox, Ruth Davis.

Christian Louboutin.
Vans.
Yves Saint Laurent (1, 2), Jean-Charles de Castelbajac, Zac Posen, Anne Klein, La Vie Claire.

Kara Ross Mondrian.

CD Silverchair.

erreQuerre Studio.

Xícara Zazzle.
Mondrian tumblers from MoMA.

The Chromifocus wall mounted fireplace.

Notebook Gigabyte.

Estante, porta revistas e utencílios de banheiro.

Portal de saída BBB 10.
Mickey Mondrian, Mick Haggerty.
Cadeira de Rietveld, Adriana Trentin e Bruno Oro, Jean-Charles de Castelbajac, Quark Chair.

Mariana Nogueira, Axel.
Luminárias.

Relógios.
Patridge Family bus, Bike Look 596 Mondrian 2010, automóvel Mondrian, shape skate Zazzle.

Vasos The Source Perrier.


Van Doesburg (1, 2, 4), Rietveld (3).

Desing de interior da Maude, divisória The Source Perrier.


Caixas Mondrian.

Logomarca Studio L'Oreal.


Queijo Mondrian.

Mapa da cidade de Leyden - Holanda, tipologia Mondrian, make up Mondrian, diagramação de revista, diagramação de site.

HQ Krazy.

Estojo de Dmitry Grigoriev.
Sergun, Claudia Steiner, Patricia Pla, Frey Wille.

Stephanie's Cakes, Southern Baker's Cakes.


La Roux - Bullet Proof


3 comentários:

  1. Gostei da sua postagem... estou fazendo um trabalho de artes gráficas baseado em Mondrian e pude ter uma melhor compreensão da aplicação do conceito.

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  2. Mondrian sempre vai estar presente no nosso cotidiano. É simples e perfeito.

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